10% do lixo para reciclagem

06-12-2013 14:50

Quase 10% do lixo produzido, no ano passado, na Área Metropolitana do Porto teve como destino a reciclagem. Ou seja, das 496 168 toneladas de resíduos recolhidas,48 601 tiveram aproveitamento na sequência da deposição em ecopontos, ecocentros e zonas de recolha selectiva porta-a-porta. A percentagem (9,88%) subiu em relação a 2004, ano em que se registou um índice de 8,93% de materiais reciclados.

Os números, que revelam um crescimento de 11,4%, foram ontem apresentados pela Lipor, Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto. Uma "meta muito boa", segundo Macedo Vieira, presidente do Conselho de Administração da empresa, que destacou a crescente sensibilização dos cidadãos para a separação dos resíduos sólidos urbanos. A ambição é atingir a fasquia dos 12,5% no próximo ano e chegar aos 25% em 2011, tornando dessa forma a Lipor "líder no país em reciclagem".

De acordo com os dados ontem divulgados, a separação de embalagens de plástico e metal foi a que conheceu uma maior evolução. No ano passado, foram recolhidas 5607 toneladas, contra as 4632 de 2004, o que equivale a um aumento de 21%. Na categoria papel/cartão, houve um acréscimo de 17,5% (14 416 toneladas, em 2005) e no vidro a subida foi de 9,52% (15 426 toneladas).

A aposta dos cidadãos na separação dos lixos já teve frutos ao nível ambiental, conforme sublinhou Macedo Vieira. A separação do papel e da madeira terá evitado o abate de mais de 515 mil árvores. Por outro lado, o mesmo procedimento em relação ao vidro e ao plástico permitiu a poupança de mais de 2,6 m ilhões de litros de petróleo e a separação do metal possibilitou a poupança de energia suficiente para manter acesas mais de 292 milhões de lâmpadas.

Ainda no que respeita às vantagens da reciclagem, o presidente do Conselho de Administração da Lipor acrescentou a redução nas facturas que as câmaras municipais têm de pagar à empresa. Cada tonelada de resíduos sólidos urbanos, explicou Macedo Vieira, custa cerca de 45 euros.

Entre os objectivos "mais ambiciosos" da Lipor para o ano em curso, contam-se a valorização, por compostagem, de 10% dos resíduos produzidos na região; fazer a valorização energética atingir os 65% e o encaminhamento para aterro de apenas 12,5% dos lixos.

Separação de plástico e metal foi a que registou maior subida

 

Publicado em https://www.jn.pt/paginainicial/

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